Aulas presenciais no RJ terão aumento da carga horária, diz secretário
A partir desta terça-feira, 22, mais 20 escolas municipais
do Rio de Janeiro vão retomar o ensino presencial. Com a nova medida,
1.502 unidades municipais e mais de 8 mil alunos terão acesso às aulas
presenciais na capital fluminense.
Em entrevista à CNN Rádio, o secretário de Educação do
município do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, afirmou que 97% da rede
municipal de ensino oferece, no momento, o ensino presencial. De acordo com o
secretário, o retorno às escolas é opcional e fica a cargo de pais e
responsáveis a decisão pelo presencial.
Ferreirinha anunciou ainda o aumento da carga horária das
atividades presenciais. “Nós estamos passando de três horas diárias, que era o
turno reduzido, para quatro horas, nas escolas de turno parcial, e pra seis
horas nas de turno único.”
Segundo Renan Ferreirinha, a expectativa é que o aumento no
tempo de permanência das escolas incentive o retorno presencial. “Cerca de 75%
dos alunos de escolas que ainda não retornaram às atividades presenciais têm
interesse no ensino presencial e imaginamos que esse número deve aumentar ainda
mais.”
Segurança sanitária nas escolas
De acordo com o secretário, há uma preocupação com o retorno
das atividades presenciais do ponto de vista sanitário. “Desenvolvemos um
protocolo sanitário referenciado pelos principais documentos ao redor do mundo,
aprovado pelo nosso comitê científico, e com isso começamos o processo de
retomada das aulas presenciais.”
“Nós não condicionamos o retorno presencial à vacinação, por
acreditar que a educação é um serviço essencial e tem uma importância muito
grande na nossa sociedade, mas nós tratamos como prioridade. Além disso, nós já
vacinamos todos os profissionais de educação do Rio de Janeiro”, afirmou o
secretário.
Desafios no ensino
Quanto às dificuldades do ensino remoto, Renan Ferreirinha
avalia que o maior desafio é o engajamento dos alunos. “O ensino remoto precisa
funcionar. A realidade é híbrida, ela tem tanto a parte presencial, quanto a
remota para complementar. Para isso, a gente vem acertando, através da TV, com
10 horas diárias de programação, com o aplicativo RioEduca em Casa, além de
material impresso. O mais difícil é o engajamento dos alunos. Por isso pedimos
às famílias, profissionais e especialmente aos alunos que não desistam de
estudar remotamente.”
O secretário Renan Ferreirinha aponta ainda três pilares
essenciais para a recuperação do conteúdo perdido durante os meses de
interrupção das atividades presenciais: currículo, avaliação e formação.
“Esses três pilares precisam se conversar e atualizar um ao
outro. Nós temos um processo constante de avaliação no fim de cada bimestre.
Realizamos a primeira atividade diagnóstica no final do primeiro bimestre desse
ano com a participação de, em média, 78% dos nossos alunos”.
Do ponto de vista socioemocional, Ferreirinha aponta o
trabalho de acolhimento dos profissionais da educação como item fundamental do
retorno. “Acreditamos que nesse processo de formação é importante o
acolhimento. Precisamos resgatar o vínculo das nossas crianças, mas também dos
nossos profissionais.”
“Lançamos um projeto de saúde mental para os profissionais da
educação do Rio de Janeiro, para que possamos dar todo o suporte num momento de
tantas incertezas e dificuldades que tem sido essa pandemia”, disse o
secretário.
(*) Com informações da CNN.
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