Fast food brasileiro de waffles quer concorrer com McDonald's e BK
Waffles não são comuns no Brasil. Conhecemos pelos filmes
e séries produzidos, principalmente, nos Estados Unidos. Mas um empresário está
empenhado em fazer os waffles mais brasileiros do que nunca. Para isto,
Anderson Suriz criou uma rede de fast food especializada nos alimentos famosos
na cultura pop.
O administrador fez uma viagem para Barcelona em 2018 e se
encantou com o doce que comeu lá. Quando voltou de seu passeio pela Europa,
decidiu abrir a The Waffle King.
Em operação desde junho do ano passado, a empresa se apresenta
como uma desafiante do McDonald’s e do Burger King. “Qualquer
negócio precisa de um nicho e poucos conseguem impactar todos os públicos.
Fomos muito assertivos nisto, assim como o McDonald’s”, afirma Suriz, CEO da
rede, em entrevista ao CNN Brasil Business.
Quem vai a uma loja da The Waffle King encontra, claro
waffles. Mas Suriz alerta: "esqueça waffles borrachudos e
murchos". São opções doces e salgadas, inspiradas na
receita original da Bélgica. Além das massas, a marca oferece 15
complementos para acompanhar o prato. O carro chefe é o Big Belga, que tem dois
waffles, sorvete, chocolate e pesa 430 gramas. “É bonito, instagramável e
gostoso.”
Mas não é só de waffle que vive a empresa de Anderson Suriz. A
rede de fast food também tem no cardápio pizza, sorvetes, milkshakes e
chocolates de marca própria.
Ainda não é um BK ou um “Méqui” da vida, mas a The Waffle King
vem crescendo muito a partir do modelo de franquias. Já são nove lojas em
operação — uma própria e oito de franqueados — e outras 45 franquias em
implantação. As unidades que já estão de portas abertas estão em São Paulo,
Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul. As que ainda serão implantadas vão atender
outros 10 estados e o Distrito Federal.
A empresa espera fechar 2021 com 100 operações vendidas (não
necessariamente em funcionamento), mas “isto deve acontecer antes do previsto”,
prevê Suriz. A meta para o ano que vem é abrir 20 franquias por mês. Neste
ritmo, esta seria a maior operação de waffles do mundo em dez anos, segundo o
empresário.
“Nasceu grande”
O dono dos planos ambiciosos afirma que a empresa pode
alcançar seus objetivos de crescimento porque já “nasceu grande”. Por trás dos
restaurantes, está uma indústria própria para fabricar os equipamentos e outra
planta para produzir o que vai no prato do cliente.
Além disto, a The Waffle King é respaldada por muito estudo.
Depois que teve a ideia do negócio, Suriz passou dois anos pesquisando sobre
waffles até poder dizer que é “uma das pessoas que mais conhece waffles no
mundo”.
O conceito das lojas foi projetado por um escritório de
arquitetura em Verona, na Itália. O investimento fez parte dos R$ 5 milhões que
Suriz colocou do próprio bolso na nova empresa, após vender participação em
outras quatro para começar a rede.
A ideia de contratar um escritório italiano é que a loja possa
ser replicada em qualquer lugar do mundo.
O CEO acredita que há espaço para a The Waffle King nos
Estados Unidos, o primeiro da lista, e na Europa. “Vamos organizara a casa e
abrir lá nos próximos anos. Estamos estudando várias formas de entrada, como
franquias, lojas próprias ou licenciamento”, conta Suriz.
A chave para o sucesso internacional é, segundo ele, a
padronização dos produtos, que é um dos fundamentos do fast food. Mais uma vez,
o objetivo de expansão internacional aparece na conversa: “com a padronização,
conseguimos replicar nosso modelo em qualquer lugar do mundo”.
Crescimento por franquias
Enquanto a The Waffle King não ganha o mundo, vai avançando
pelo Brasil. E o modelo escolhido para expandir foi o de franquias.
O investimento inicial para abrir uma franquia da rede começa
em R$ 158 mil e chega a R$ 350 mil. O retorno esperado aparece depois de 18 a
24 meses.
Com os consumidores gastando em média R$ 35 a cada visita às
lojas da The Waffle King, os franqueados conseguem um faturamento médio de R$
50 mil por mês. A taxa de crescimento das franquias, no primeiro ano de
operação, chegou a 30%.
A empresa quer chegar a todos os estados brasileiros, mas o
Sudeste vai concentrar de 60% a 70% da operação.
A prioridade é abrir franquias em cidades com mais de 100 mil
habitantes. Cidades turísticas com uma população menor podem entrar no mapa da
empresa, que deve ser cada vez mais abrangente nos próximos anos.
(*) Com informações da CNN.
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