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Hospital de Roraima registra 4º dia com ocupação acima de 100% em leitos para Covid: 'estamos no limite'

 


O Hospital Geral de Roraima (HGR), única unidade pública para tratamento de casos graves contra a Covid, registrou nesta quarta-feira, 26, o quarto dia seguido de lotação acima de 100% em leitos para pacientes com a doença. Segundo o secretário de Saúde, Airton Cascavel, o estado está "no limite".

Conforme o boletim epidemiológico desta quarta-feira, dos 83 leitos clínicos do HGR, 85 estão ocupados - lotação de 102%. Os leitos semi-intensivos estão com 180% de ocupação. Já os de UTI, para pacientes em estado grave da Covid, estão com ocupação de 80%.

"Nós estamos no limite. Atingimos a zona vermelha no estado. Temos a capacidade quase que totalmente tomada e esse é um fator preocupante neste momento. Também nos leitos clínicos, houve um aumento considerável no número de contaminados e internações", disse Cascavel.

Imagens feitas nessa quarta por servidores do HGR, mostram a superlotação na unidade. É possível ver pacientes em estado grave internados nos corredores, além de doentes em macas até sem colchão. Ao G1, uma servidora chegou a comparar a situação à primeira onda da Covid e disse que "é como se a pandemia começasse hoje".

No último dia 22, o governo do estado, responsável pela administração do HGR, reduziu em 44,5% o total de leitos para Covid no hospital. A medida, segundo o estado, ocorreu porque a unidade passará por "ampla obra de reforma" e toda a estrutura será realocada em outro bloco.

A mesma superlotação, no entanto, também é vista no Hospital da Criança Santo Antônio, única unidade infantil do estado, e administrada pela prefeitura de Boa Vista. Dos 33 leitos clínicos, 37 estão ocupados - lotação de 112%. Já nos leitos de UTI, há três pacientes em estado grave, entre os 10 leitos disponíveis.

O estado registrou nesta quarta mais 230 casos de infectados e chegou a 102.812 desde o início da pandemia. O boletim não confirmou novas mortes. Total de vidas perdidas pela Covid é de 1.612. Há ainda óbitos em investigação para descobrir se a causa está relacionada a doença.

Ainda segundo o secretário de Saúde, o momento é "preocupante" e medidas restritivas "que terão de ser tomadas pela prefeitura e pelo governo do estado", estão sendo discutidas com o Ministério Público.

"Não adianta ter 200 ou 300 UTI's, que haverá um momento que nós não teremos capacidade. E quando nós não tivermos capacidade, nós vimos o que aconteceu em Manaus. Nós estamos no limite da capacidade, é um apelo", alerta Cascavel.

Atualmente, 96.188 pessoas são consideradas recuperadas da Covid, após tratamento médico. O estado contabiliza pacientes como recuperados automaticamente após 21 dias da notificação de suspeita da doença.

(*) Com informações do G1

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