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Mortos em explosão tentavam apagar rastreio de dinamite, diz polícia

 


Investigação da Polícia Civil aponta que as dinamites que explodiram em um garimpo em Guarantã do Norte, no dia 20 de agosto, provocando a morte da universitária Daniella Trajano Dalff, de 28 anos, e do presidente da Cooperativa dos Garimpeiros, Mario Lucier Caldeira, e ferindo outras três pessoas, estavam no local de maneira clandestina.

Conforme o delegado Victor Hugo Caetano Freitas, da Polícia Civil, as vítimas manuseavam um solvente inflamável para apagar os códigos de rastreio dos explosivos, com a finalidade de comercialização no mercado ilegal.

Os códigos são obrigatórios em todo material explosivo e servem para rastrear a carga desde a origem até o destino final do material, que tem o uso controlado pelo Exército Brasileiro.

A investigação apurou que a supressão dos códigos foi feita para evitar que o material fosse rastreado e pudesse, assim, ser vendido no mercado clandestino.

As cargas de dinamite não deveriam estar em Guarantã, foram movimentadas clandestinamente. O rastreio desse tipo de carga tem uma rota traçada e não pode ser desviada.

Relatórios do Exército Brasileiro sobre o rastreio do material explosivo e o da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, sobre a detonação da dinamite e dos cordéis, serão anexados ao inquérito policial e vão subsidiar a investigação.

Na próxima semana, o delegado responsável pelo inquérito deve ouvir o proprietário da empresa que comercializou o material explosivo e uma das pessoas que estava presente no local no momento da explosão.

Durante as investigações, foram ouvidos trabalhadores que estavam no local e apurada a informação de que os explosivos apreendidos tinham outro destino e estavam no garimpo clandestinamente.

No garimpo, foram apreendidos pela Polícia Civil 300 quilos de emulsão de dinamite e mais de mil metros de cordel detonante.

(*) Com informações do G1

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