Grupo neonazista vandaliza estátua de George Floyd em Nova York

O nome de um pequeno grupo de extrema direita foi pichado na
quinta-feira, 24, em uma estátua em homenagem a George Floyd em Nova
York, nos Estados Unidos.
O busto de Floyd amanheceu coberto de tinta preta e o nome do
grupo. Ele havia sido inaugurado no Brooklyn no sábado, 19, como parte das
celebrações do Juneteenth.
Horas antes, outra estátua de Floyd também apareceu coberta de
tinta com a mesma inscrição, em frente à prefeitura de Newark (Nova Jersey),
segundo a imprensa local.
O vandalismo ocorre na véspera do veredito do ex-policial
Derek Chavin, condenado por assassinar Floyd. Ele asfixiou-o até a morte
durante uma abordagem policial em maio de 2020, em Mineápolis.
Após o crime bárbaro, Floyd se tornou o símbolo da luta contra
a violência policial e a discriminação no país.
A pena de Chauvin, que será conhecida nesta sexta-feira, 25, pode
chegar a 40 anos de prisão. Ele foi considerado culpado em todas as três
acusações de homicídio contra o ex-segurança negro.
Vídeo do vandalismo
Autoridades divulgaram um vídeo mostrando quatro indivíduos
andando ao redor do monumento, que fica no bairro Flatbush, no Brooklyn. Um
deles pinta o busto com tinta spray.
"Vou ser absolutamente claro com o grupo neonazista que
fez isso: saia do nosso estado", afirmou o governador de Nova York, Andrew
Cuomo, que anunciou a mobilização de agentes especializados para investigar o
ato.
"Vamos levar esses covardes à Justiça", prometeu o
prefeito de Nova York, Bill de Blasio.
Feita em madeira pelo artista Chris Carnabuci, a estátua foi
inaugurada com a presença de Terrence Floyd, irmão de George que mora em Nova
York. Em alguns meses, ela será transferida para a Union Square, em Manhattan.
Juneteenth
Celebrado no dia 19 de junho, o Juneteenth representa a
emancipação dos últimos escravizados do Texas, em 1865. A data é amplamente
comemorada nos EUA como símbolo dos movimentos contra o racismo.
Juneteenth é uma aglutinação, em inglês, da data June 19th (19º
dia de junho). Foi o dia em que os últimos escravos do país receberam a
informação de que estavam livres, há mais de 150 anos.
Na semana passada, o presidente americano, Joe Biden,
assinou a lei que transformou 19 de julho em feriado nacional. O
projeto foi aprovado por unanimidade no Senado e por 415 votos a favor e
14 contrários na Câmara.
(*) Com informações do G1.
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