Presidente da Bielorrússia ordena aterrisagem de avião para prender opositor
Atual presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. (Foto: Divulgação) |
Neste último domingo, 23, um importante ativista da
oposição bielorrussa foi preso depois que o presidente Alexander
Lukashenko ordenou a aterrisagem de seu avião, da companhia aérea Ryanair,
em Minsk, capital do país.
Raman Pratasevich, que estava em exílio e é um crítico vocal
do regime de Lukashenko, foi detido no aeroporto de Minsk, disse o Ministério
de Assuntos Internos da Bielorrússia.
A rota original do voo era entre Atenas, Grécia, para Vilnius,
capital da Lituânia.
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, exigiu que a
Bielorrússia solte Protasevich. Nauseda chamou o incidente de
"abominável" e um "evento sem precedentes" nas redes
sociais. Ele disse que "um avião civil de passageiros que voava para
Vilnius pousou à força em Minsk".
O "regime bielorrusso está por trás dessa ação
abominável", escreveu o presidente e exigiu que Protasevic seja libertado
"com urgência".
O ativista é o fundador do canal Nexta, no Telegram,
amplamente utilizado para organizar protestos antigovernamentais, e outro canal
semelhante crítico ao governo, ambos classificados como extremistas na
Bielorrússia. Pratasevich também está na lista de procurados pelo governo por terrorismo.
O aeroporto de Minsk disse à mídia estatal russa RIA Novosti,
que o avião fez um pouso de emergência após uma ameaça de bomba não confirmada.
No entanto, um porta-voz dos aeroportos da Lituânia, disse à
LRT National Radio que foi devido a um conflito entre um passageiro e um dos
membros da tripulação. Lina Beishene, disse que as autoridades da aviação civil
da Lituânia não foram informadas sobre uma ameaça de bomba.
O Ministro das Relações Exteriores da Lituânia disse que a
notícia do pouso forçado é preocupante.
A Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla
em inglês), órgão da ONU, afirmou "estar fortemente preocupada com o
aparente pouso forçado de um voo da Ryanair". Segundo a Icao, a ação seria
uma violação da Convenção de Chicago.
(*) com informações do CNN.
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