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Polícia Civil faz operação para combater crimes de ódio contra alunos da UFPA

 


Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta-feira, 28, pela Diretoria Estadual de Combate contra Crimes Cibernéticos, dentro da Operação Paridade. O objetivo é combater crimes de ódio contra alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Todos os alvos foram encontrados e intimados. Notebook, celulares e documentos foram apreendidos. Todo o material foi levado para a sede da Diretoria, que fica na Delegacia Geral de Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, um grupo de estudantes cotistas da UFPA estavam sendo acusados de fraudar o sistema de cotas. As acusações eram feitas também por alunos da instituição. Os suspeitos faziam a exposição das vítimas em redes sociais com graves acusações.

“Recebemos as denúncias de vítimas do caso que se sentiram extremamente prejudicadas, visto que elas tinham direito a acessar a universidade pelo sistema amplo. As investigações constataram várias postagens na internet, caluniando e denegrindo a imagem de pelo menos cinco vítimas, na capital”, informou a delegada Vanessa Lee.

Um inquérito foi instaurado pela polícia para apurar crimes de associação criminosa, calúnia, incitação ao racismo e injúria racial. Para o crime de injúria, a pena consiste em reclusão de um a três anos e multa. Já para o crime de calúnia, a pena é de detenção de seis meses a dois anos, ou multa.

Em nota, a Universidade Federal do Pará disse não tem informações sobre investigações externas de conflitos entre estudantes em decorrência de denúncias de fraudes em cotas raciais. São apuradas apenas denúncias formalizadas à instituição.

De acordo com a UFPA, em 2020, 40 casos foram formalmente denunciados e já passaram pela avaliação de uma comissão de apuração. No momento, os processos encontram-se em fase de análise jurídica para tomada de decisão quanto aos encaminhamentos devidos.

A UFPA afirma ainda que para evitar novas ocorrências a partir do Processo Seletivo de 2021, se instaurou uma Comissão de Heteroidentificação para avaliar se os candidatos autodeclarados negros atendem os requisitos para a ocupação de vagas das cotas. A UFPA reforça que a política de cotas tem como objetivo promover a inclusão e diminuir as desigualdades sociais históricas.

(*) Com informações do G1

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