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Eduardo Bolsonaro diz que pedirá CPI das Urnas Eletrônicas

 


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sinalizou, em publicação nas redes sociais na noite desta quarta-feira, 4, que vai pedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das urnas eletrônicas.

O post aconteceu logo depois que um inquérito aberto pela PF a pedido do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após uma denúncia de hackeamento ser citado pelo presidente como evidência de que os sistemas da Corte eleitoral não são infalíveis.

Ele já recebeu apoio de aliados, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), para a instauração da CPI:

O próprio Bolsonaro está mobilizado pela CPI. Na entrevista à rádio Jovem Pan em que citou a investigação da PF, o presidente disse que “por questão de coerência, eu acho que o Barroso [presidente do TSE], amanhã, devia lançar uma campanha para assinarem a CPI do Eduardo Bolsonaro. Questão de coerência. Nada mais além disso. Afinal de contas, eu vou mandar entregar uma cópia disso aqui [relatório] lá no TSE, para ele tomar conhecimento e apoiar a CPI — a CPI fake news do Barroso”.

Inquérito
O inquérito da Polícia Federal citado pelo presidente Bolsonaro para voltar a colocar em dúvidas a confiabilidade das urnas eletrônicas foi pedido pelo próprio TSE 10 dias após o segundo turno das eleições de 2018.

Um ofício assinado pelo então secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Giuseppe Dutra Janino, foi encaminhado à PF em 7 de novembro de 2018, pedindo que se investigasse possível invasão aos sistemas digitais.

O ofício foi um pedido da então presidente do TSE, ministra Rosa Weber, após denúncia feita por um hacker ao portal de notícias “Tecmundo”.

De acordo com a reportagem de 2018, os invasores tiveram acesso a informações privilegiadas e confidenciais, como troca de e-mails, envio de senhas para juízes, credenciais de acesso e também a um aplicativo com dados sobre candidatos e eleitores.

Segundo o site, um dos hackers disse que conseguiu “milhares de códigos-fontes, documentos sigilosos e até mesmo credenciais”. “Os invasores não tiveram acesso ao módulo do sigilo do voto: isso significa que não foi possível acessar a parte do sistema que exibe os votos dos eleitores. Além disso, o código do GEDAI é ‘público’: após a assinatura de um termo de sigilo, partidos, Ministério Público e OAB, por exemplo, podem pedir o acesso”, ressaltou o texto.

Além disso, a obtenção do código fonte de uma urna não permite o controle sobre a mesma, uma vez que o equipamento não está conectado a uma rede de internet.

(*) Com informações do Metrópoles

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