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Polícia Federal investiga incêndio em galpão da Cinemateca


Depois do incêndio que destruiu boa parte do acervo da Cinemateca Brasileira, o governo federal publicou um edital para contratar uma entidade para cuidar da instituição em São Paulo.

O incêndio que apagou boa parte do registro audiovisual do país, de importância mundial, foi visto como um desastre anunciado. O governo já tinha sido alertado sobre o risco pelo Ministério Público, pela imprensa e por especialistas. Por isso, uma equipe de perícia da Polícia Federal foi ao local e deve investigar o caso.

Cerca de quatro toneladas de documentos sobre a história do cinema no Brasil, incluindo parte do acervo de Glauber Rocha, estavam entre os materiais armazenados no galpão da cinemateca. A Cinemateca é de responsabilidade do governo federal e é gerida por meio da secretaria especial de cultura em Brasília.

Por não ter o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, o imóvel recebeu uma advertência e tem um prazo de 180 dias para a regularização. Em uma audiência pública do último dia 20 de julho, o Ministério Público em São Paulo alertou para o risco de incêndio. Um documento registra que após uma visita ao local, o MP identificou risco, principalmente, em relação aos filmes de nitrato.

Oficialmente, a Cinemateca Brasileira está sem nenhum gestor desde 31 de dezembro de 2019, quando venceu o contrato com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto. Desde 2020, os promotores do Ministério Público Federal movem uma ação contra a União por abandono do local, por conta da falta de gestão e fim dos trabalhos técnicos. 

O Ministério Público disse que acompanha de perto as consequências do incêndio e que a prioridade é salvar o material que restou no galpão, além de evitar uma nova tragédia.

Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados. Os promotores concluem que é importante a investigação da PF, a perícia no local e a contratação de uma nova gestora, mas resgatar itens, documentos e equipamentos deve ser o foco no momento.


(*) Com informações da CNN.

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