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Brasil quase se complica, mas vence Alemanha em estreia do futebol masculino


No palco do penta mundial de 2002 e diante do adversário do ouro olímpico de 2016, o Brasil fez uma partida especial no primeiro tempo e bateu a Alemanha, por 4 a 2, nesta quinta-feira, 22, em Yokohama, assumindo a liderança do grupo D do torneio olímpico.

Richarlison, dono absoluto da festa brasileira, marcou três vezes na partida, que contou ainda com Paulinho, nos acréscimos, para dar números finais ao jogo .

Richarlison combina com o espírito olímpico. Jogador de comportamento irreverente e comemoração peculiar, é, também, alguém que costuma se envolver e pronunciar sobre questões sociais e humanitárias, o que o aproxima do torcedor brasileiro mesmo tendo saído cedo do país, vendido para o Watford da Inglaterra – foram só 91 jogos como profissional no Brasil.

Em Tóquio, pediu a camisa 10, aceitou ser um dos líderes do grupo e afirmou ter o desejo de conhecer a Rainha Marta, de quem é fã. Os três gols em Yokohama fortalecem sua biografia.

Posicionado por dentro do ataque, dividindo setor com Matheus Cunha, o camisa 10 foi alimentado por Antony e Claudinho, abertos pelas pontas, e por Bruno Guimarães, volante de apoio. Pelas laterais, Dani Alves e Arana completaram a sinfonia ofensiva cujo maestro foi Richarlison.

Primeiro tempo dominante

O primeiro tempo da seleção brasieira foi brilhante em praticamente todos os aspectos, e só não foi perfeito porque Matheus Cunha desperdiçou um pênalti perto do intervalo. O goleiro Müller defendeu e evitou o que seria um 4 a 0 nos 45 minutos iniciais.

Outro aspecto elogiável do time de André Jardine foi a tentativa de manutenção do ritmo na etapa final, mesmo com o placar amplamente favorável. Mas os espaços encontrados nas costas da defesa alemã já não foram tantos, e Müller trabalhou bem quando exigido.

Com tenacidade e resistência, a Alemanha, então, escreveu também a sua história, vendendo caro uma partida que até minutos antes tinha tudo para terminar tranquila.

Amiri, aos 12, diminuiu a contagem no primeiro chute que foi no gol de Santos na etapa final, e esfriou a sensação de que uma goleada histórica poderia acontecer. A atuação brasileira, no entanto, não mudou, continuou ofensiva e objetiva. Até porque, cinco minutos após o gol alemão, Maxi Arnold, experiente meia, foi expulso depois da entrada dura que deu em Dani Alves – ele já tinha cartão amarelo. Apesar de poucos cartões, foi um período do duelo que flertou com a violência.

Jardine lançou para o campo Malcom aos 20, e Paulinho e Reinier aos 29, nas vagas de Claudinho, Antony e Richarlison. Todos jogadores de ataque com a missão de manter a seleção pulsante e ofensiva. Funcionou na frente, mas algo faltou atrás.

Aos 39, Ache marcou, de cabeça, o segundo gol alemão, e transformou os minutos finais em um estranho sufoco. O Brasil, com um a mais, não foi para as cordas, não perdeu o controle do jogo nem a posse maior da bola, continuou entrando na área rival, mas já não podia cogitar um novo vacilo.

Assim, o gol de Paulinho, já nos acréscimos, poderia representar a ratificação de uma goleada, mas significou “apenas” o alívio de uma partida estranhamente fácil e difícil ao mesmo tempo. 


(*) Com informações da CNN.

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