Rio não planeja aumento na fiscalização de aglomerações durante Copa América
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| (Foto: Divulgação) |
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou
nesta sexta-feira, 11, que a cidade não planeja ações adicionais para conter
aglomerações durante a realização da Copa América.
“É a mesma fiscalização que a gente tem sempre. A gente sabe,
por exemplo, que jogo do Flamengo e do meu Vascão, apesar de todos os pesares,
e dos horários que a gente está jogando agora, também aglomera. A gente tem
fiscalizado, tem acompanhado, vamos manter da mesma maneira. Eu acho que o jogo
do Flamengo ou do Vascão acaba, especialmente do Vasco, gerando muito mais
aglomeração do que, sei lá, entre dois países sul-americanos”, disse durante
entrevista coletiva em que detalhou a situação da pandemia na capital
fluminense.
A Secretaria de Ordem Pública disse que vai manter a
fiscalização de rotina das medidas sanitárias voltadas à pandemia. Ou seja, as
ações serão realizadas de acordo com as denúncias. Outras operações
específicas, de acordo com a pasta, serão avaliadas pelo órgão.
A prefeitura julgou adequado o protocolo sanitário apresentado
pela Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol) para a realização do
torneio no país. Entre as regras do documento estão a testagem das delegações a
cada 48h e o isolamento de atletas e comissões técnicas nos hotéis. Eles só
podem sair para treinos, jogos ou alguma questão de saúde.
“Todo esse plano sanitário apresentado respeita aquilo que é
determinado pela Prefeitura do Rio, aquilo que se pode fazer dentro do decreto.
Portanto, ontem, o secretário Daniel Soranz me informou que eles estão seguindo
o protocolo sanitário adequado para realização desses jogos da Copa América no
Rio, tomando os cuidados necessários, para que isso não venha a ser um problema
para a cidade”, afirmou.
Os eventos esportivos estão liberados na cidade, desde que sem
público nos estádios. No entanto, é comum a torcida acompanhar os jogos em
bares e restaurantes. De acordo com o decreto municipal, os estabelecimentos podem
atuar apenas com clientes sentados. Além disso, cada conjunto de mesas e
cadeiras pode ter até oito ocupantes e é necessário manter o distanciamento
mínimo de 1,5 metro.
Uma preocupação, no entanto, é a quantidade de pessoas na
cidade. O Brasil deve receber pouco mais de 1.200 estrangeiros para organizar,
disputar e cobrir o campeonato já a partir dessa semana. Isso sem contar os
torcedores. Os hotéis têm expectativa de aumento na taxa de ocupação por causa
dos jogos em torno de 20%, segundo Alfredo Lopes, presidente do Sindicato de
Hotéis do Rio e do Conselho Deliberativo da unidade fluminense da Associação
Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih).
O secretário municipal de saúde Daniel Soranz lembrou que o
protocolo apresentado é rígido e não se limita aos estádios. "Se ela
seguir o protocolo, a gente vai ter uma situação bastante segura. Mas o
protocolo deles é bem rígido, coloca que todos têm que ser testados antes de
vir para o Brasil. Tem um percentual grande, mais de 70% das delegações estão
totalmente vacinadas", afirmou Soranz.
"Eles colocam também a restrição das pessoas nos hotéis e
das delegações em circulação pela cidade, com um número limitado de pessoas
para cada delegação. E regras também para partida durante o jogo, evitando
contatos que não sejam estritamente necessários."
(*) Com informações da CNN.

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