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Operação Sangria: secretário de saúde é considerado foragido e empresário recebe PF a tiros; Veja resumo

 

Agência GR7 Notícias - Ana Pastana

MANAUS - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 2, a quarta fase da operação Sangria que investiga fraudes e superfaturamentos em contratos para instalação do hospital de campanha envolvendo empresários e servidores da cúpula de gestão do sistema de saúde do Amazonas. Além do governador do estado, Wilson Lima (PSC), a PF tem mandados de busca e apreensão contra o empresário Nilton Lins, proprietário do local onde o hospital foi alugado pelo estado e mandado de prisão temporária contra o secretário de saúde, Marcellus Campelos, que é considerado foragido.

De acordo com informações, a PF se dirigiu a dois endereços oficiais do secretário, mas ele não foi encontrado. Segundo as investigações, há indícios de que funcionários da Secretaria de Saúde realizaram contratações que favoreceram grupos de empresários do Amazonas com aval do governo do estado. Campelos está convocado para depor na CPI da Covid no próximo dia 20 de junho.

Outro alvo da operação é o empresário Nilton Lins, proprietário do campos Nilton Lins, onde fica localizado o hospital de campanha alugado pelo governo. O empresário é pai das irmãs médicas, acusadas de furar a fila da vacinação contra a Covid-19. Segundo as investigações, o local não possuí as necessidades básicas de assistência ao combate do coronavírus e investiga o contrato do aluguel.

Ao chegar na residência do empresário, a PF foi recebida a tiros. De acordo com informações, após a troca de tiros, o empresário procurou refúgio no Consulado da Suécia, em Manaus. Até o momento não há mais informações.

Ao todo, a PF visa cumprir 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STF), sendo 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos em Manaus e em Porto Alegre.

Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

CPI da Covid

A sessão da CPI da Covid desta quarta-feira, 2, iniciou com a operação Sangria. O governador do Amazonas, o secretário de saúde e o ex-secretário executivo da pasta estão convocados para depor nas próximas semanas.

De acordo com o presidente da CPI, Omar Aziz, não há mudanças na convocação dos envolvidos na operação. “Até agora não tem nenhuma decisão que possa ter mudado, se tiver uma posição contraria aqui, a gente conversa. Dia 29 o governador vem depor e dia 20 o secretário de saúde do Amazonas. Até hoje, eu não tenho um pensamento contrario dos governadores virem depor” disse Aziz.


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