Memória dos anticorpos contra a Covid-19 pode durar meses, diz estudo
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(Foto: Divulgação) |
Os anticorpos contra a Covid-19 produzidos pelo
sistema imunológico em resposta a infecções leves podem continuar detectáveis
por pelo menos 11 meses após à contaminação. Essa é a conclusão de um estudo
publicado na revista científica Nature nesta semana.
Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de 77 pessoas
que haviam sido infectadas com o novo coronavírus. Observaram que houve
uma redução de anticorpos nas amostras logo após a infecção. Essa diminuição,
no entanto, começou a desacelerar no período entre 4 e 11 meses.
Também foram analisadas amostras da medula óssea de 18
pacientes previamente infectados com o Sars-CoV-2 para medir a presença de
células plasmáticas da medula óssea, que são importantes para proteger os
anticorpos e promover uma resposta imune de longo prazo contra o vírus.
Essas amostras continham células plasmáticas de vida longa
(BMPC, na sigla em inglês) que produzem anticorpos contra a Covid-19. Os
pesquisadores observaram que os níveis de BMPC se mantiveram estáveis nesses
pacientes de 7 a 11 meses após a infecção.
“Estamos procurando a fonte desses anticorpos que são
produzidos por células da medula óssea”, disse à CNN Ali Ellebedy,
professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington e um
dos autores do estudo. “Observamos que nas pessoas que haviam se
infectado em até um ano essas células se mantiveram estáveis e produzindo
anticorpos”, explicou
Benefícios da “memória” dos anticorpos
Os pesquisadores disseram que a presença das células BMPC não
significa que elas automaticamente desencadearão uma forte resposta imunológica
em caso de reinfecção, mas existe um potencial de proteção de longa
duração. “Quando existem os anticorpos, eles têm uma boa memória. E ela
pode ser muito boa se houver bastante anticorpos e se o vírus não se modificar”,
afirmou Ellebedy.
O pesquisador esclareceu ainda que a presença de anticorpos no
organismo não significa que ele esteja completamente protegido. Mas disse que é
bastante animadora a presença dessas células, que estão prontas para entrar em
ação caso tenhamos um primeiro contato com o vírus ou nos exponhamos a ele
novamente.
(*) Com informações da CNN.
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