Conselheiro de segurança nacional: EUA preparam mais sanções contra a Rússia

O governo Biden está se preparando para impor sanções
adicionais à Rússia sobre o envenenamento e prisão do líder da oposição russo
Alexei Navalny, afirmou o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan, no
domingo, 20.
"Estamos preparando outro pacote de sanções a serem
aplicadas neste caso", disse Sullivan ao jornal Dana Bash da CNN sobre o
"Estado da União". "Nós mostramos ao longo do caminho que não
vamos fazer nada, seja nos ventos solares, ou na interferência eleitoral, ou no
Navalny quando se trata de responder às atividades prejudiciais da
Rússia".
Sullivan disse ainda que as sanções virão assim que os EUA
puderem "garantir que estamos obtendo os alvos certos",
acrescentando: "Quando fizermos isso, imporemos mais sanções com relação
às armas químicas".
Os comentários do conselheiro surgem dias depois da cúpula de
três horas do presidente Joe Biden em Genebra com o presidente russo Vladimir
Putin, que encerrou sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o cargo.
Biden e Putin descreveram a reunião como positiva, mas sem grandes
avanços.
Biden, que desde então voltou à sua agenda em casa, pontuou
que a prova do progresso com a Rússia virá mais tarde, quando os resultados de
sua diplomacia se confirmarem.
O presidente norte-americano também disse, na semana passada,
que advertiu o líder russo durante a reunião sobre as consequências se Navalny
morresse na prisão, dizendo aos repórteres: "Eu deixei claro para ele que
acredito que as consequências disso seriam devastadoras para a Rússia".
O governo Biden impôs uma série de sanções às autoridades e
entidades russas em março por causa do envenenamento e da prisão. As ações -
realizadas em coordenação com a União Europeia, que também divulgou sanções -
representam o primeiro movimento significativo contra Moscou desde que Biden
assumiu o cargo.
Questionado por Bash mais tarde na entrevista sobre possíveis
ações contra a China enquanto os EUA investigam as origens da Covid-19,
Sullivan respondeu: "Não vamos, neste momento, fazer ameaças ou
ultimatos."
"O que vamos fazer é continuar a reunir apoio na
comunidade internacional", disse o conselheiro. "E se ficar claro que
a China se recusa a cumprir suas obrigações internacionais, teremos que
considerar nossas respostas a essa altura, e o faremos em conjunto com aliados
e parceiros".
Ele ainda falou sobre a eleição do chefe do judiciário
ultraconservador Ebrahim Raisi para a presidência do Irã, dizendo que
provavelmente não haveria grande impacto nas negociações nucleares com o país
porque o Líder Supremo não mudou.
Os EUA, disse Sullivan, estão "mostrando ao Irã que se
eles escolherem não negociar de boa fé e reassumir suas obrigações nucleares,
não serão apenas os EUA - será a comunidade internacional - que os
isolará."
Ele acrescentou: "Os interesses de segurança nacional da
América não mudam. Nosso interesse de segurança nacional é impedir o Irã de
adquirir uma arma nuclear. Acreditamos que a diplomacia, e não a ação militar,
é a melhor maneira de fazer isso."
(*) Com informações da CNN.
Nenhum comentário