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Vereadores de Boa Vista aprovam lei para tratamento precoce da Covid com remédios sem eficácia comprovada

 


Vereadores de Boa Vista aprovaram nessa terça-feira, 18, um projeto de lei para a oferta gratuita de medicamentos para tratamento precoce da Covid-19 na rede municipal de saúde. No entanto, não há comprovação de que os remédios funcionem como tratamento precoce à doença.

Depois de aprovado na Câmara, o texto segue para aprovação do prefeito da capital, Arthur Henrique (MDB). Procurada, a prefeitura informou que os projetos ainda não foram encaminhados para análise legal e constitucional das matérias.

O projeto foi feito pelos vereadores Dr. Ilderson Pereira (PTB), que é médico ortopedista e traumatologista, Ruan Kenobby (PV) e Gabriel Mota (PRB). Segundo eles, "o uso de medicamentos está condicionado a avaliação médica a partir do atendimento e identificação dos sintomas leves da doença".

Conforme o projeto, os medicamentos que a população pode ter acesso nos postos de saúde da cidade são os do chamado "kit Covid", como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, além de outros como bromexina, nitazoxanida, zinco, vitamina C, vitamina D, dipirona, prednisona, colchicina, anticoagulantes, ou outros fármacos que podem ser liberados pelo Ministério da Saúde (MS).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e cientistas já indicaram que esses medicamentos não funcionam como prevenção ao coronavírus.

O texto do projeto prevê, ainda, que o médico responsável pelo tratamento deverá aplicar ao paciente um termo de ciência e consentimento, caso prescreva o uso da hidroxicloroquina. Não foi informado quais vereadores votaram pela aprovação do projeto.

(*) Com informações do G1

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