GR7 NOTÍCIAS

Totalmente inundada, município do interior do AM dispensa construção de pontes para liberar trânsito de canoas

 


A cidade de Anamã, no interior do Amazonas, está totalmente inundada devido a cheia dos rios no estado. Com as ruas totalmente atingidas pelo nível da água, a cidade dispensou a construção de pontes para a locomoção e os moradores adotaram canoas como principal meio de transporte.

Além de Anamã, outros 57 de 62 municípios do Amazonas são atingidos pela cheia dos rios na região. São cerca de 414 mil pessoas afetadas em todo o estado.



Apesar da cheia, os moradores da cidade de Anamã tentam continuar a levar suas vidas da forma mais normal possível e, principalmente, manter a economia funcionando. Com as ruas totalmente alagadas, os moradores se transportam e até entram em lojas nas canoas e na lotérica da cidade.

“Aqui chegam as lanchas, chegam as canoas. A gente atende o pessoal aqui do município e dos interiores também. Viu que o nosso trabalho que a gente faz aqui né muito procurado e a gente não pode parar né, para não deixar na mão”, disse o comerciante Klinger Moreira.



O vendedor Naldo Bezerra, vende salgados no município de Anamã. Com o cenário que a cheia trouxe, ele passou a navegar pela cidade em uma lancha para vender seus produtos. “É por causa que lá onde eu trabalho já foi na água e não tem condições mais aí o ramo que nós temos é esse, o jeito é ir para o barco”, comentou.

Há também quem teve que mudar de profissão. É o caso do mototaxista Rodrigo Cordeiro. Sem ruas para trabalhar em sua moto, ele passou a trabalhar como catraieiro, uma forma de taxista dos rios.



“Muda completamente. Com a moto a gente para, tem o freio. De 'rabetinha' tem que ter bastante atenção, tem que remar, com o 'rabetinha' não dá pra frear”, afirmou o mototaxista que hoje atua como catraieiro.

A delegacia de Anamã também foi atingida pela cheia. Os policiais e 10 presos que estavam no local tiveram que ser transferidos para outro prédio.



“Lá já estava praticamente 50% a 60% inundado. Questão de altura e lá nós estávamos numa situação bem pior, de ter que estar andando de cócoras, então tava bem complicado e a gente recebeu aí também a determinação judicial para sair daquele prédio devido a segurança tanto nossa, quanto dos detentos”, disse o primeiro tenente Everton Lima, da Polícia Militar.

(*) Com informações do G1

Nenhum comentário