Governo discute retorno das Forças Armadas à floresta amazônica até fim de julho
(Foto: Divulgação) |
Os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Defesa,
Braga Netto, pretendem se reunir na próxima semana para discutir a edição de
uma nova operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) na floresta amazônica.
A ideia é de que o novo decreto tenha validade até o final de
julho, com possibilidade de renovação, e seja focado no chamado arco do
desmatamento, cidades onde o número de queimadas costuma ser mais elevado.
O período de seca na floresta amazônica ocorre entre maio e
setembro. A última GLO na floresta amazônica teve o prazo finalizado no início
deste mês, sem que o decreto fosse renovado.
A proposta avaliada é de que as Forças Armadas atuem no
combate ao desmatamento até que o Meio Ambiente viabilize investimentos no
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e no ICMBio (Instituto Chico
Mendes), órgãos federais de fiscalização ambiental.
Caso Meio Ambiente e Defesa cheguem a um acordo, a expectativa
de assessores presidenciais é de que o novo decreto seja publicado no início do
mês que vem.
O presidente Jair Bolsonaro aprovou para este ano corte de 24%
no orçamento do meio ambiente em relação ao ano passado.
O Meio Ambiente solicitou à Economia uma compensação
orçamentária de R$ 270 milhões. O ministro Paulo Guedes já indicou a liberação
dos recursos, mas eles ainda não foram viabilizados.
O veículo de notícias CNN revelou que o Meio
Ambiente, na última terça-feira, 18, anunciará a abertura de concurso público
para reforçar a fiscalização ambiental. A pasta pretende contratar mil
servidores públicos, entre fiscais e analistas, para o Ibama e o ICMBio.
Hoje, os dois órgãos federais de fiscalização ambiental
possuem um déficit de pessoal, pelos cálculos do governo federal, de cerca de
três mil funcionários.
No mês passado, em discurso na Cúpula de Líderes sobre o
Clima, o presidente prometeu duplicar os recursos para a fiscalização
ambiental.
(*) com informações do G1 AM.
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