Após acusação de racismo, Prada lança programa de diversidade
(Foto: Divulgação) |
Nesta quinta-feira, 13, a grife italiana Prada anunciou um
conjunto de iniciativas para reforçar o compromisso com a diversidade, a
equidade e a inclusão na empresa e na indústria da moda como um todo, para
combater acusações de racismo.
“Estamos muito orgulhosos em anunciar este programa
articulado, que reflete o compromisso do Grupo Prada em cultivar, contratar e
reter talentos na empresa, no que diz respeito à diversidade e para criar uma
cultura inclusiva”, celebrou Lorenzo Bertelli, chefe de Marketing e
Responsabilidade Social Corporativa da grife.
Para aumentar a representatividade no setor, a marca de luxo
lançou um programa de estágio remunerado, firmou parceria com o Fashion
Institute of Technology de Nova York (FIT) para a constituição de bolsas de
estudo para a formação de profissionais da indústria da moda e universitários
negros nos Estados Unidos e na África.
O grupo está também trabalhando com o Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA) para desenvolver um curso de formação dedicado à moda (que
será lançado inicialmente em Gana e no Quênia), cujo objetivo é promover a
igualdade de gênero na África.
Além disso, a Prada irá colaborar com o artista e inovador
social Theaster Gates para criar um “laboratório de design”, destinado a
designers e artistas de comunidades minoritárias em Chicago, Nova York e Los
Angeles.
“O Grupo Prada está realizando ações reais e significativas
que irão expandir a carreira e as oportunidades profissionais para pessoas de
cor na indústria da moda”, disse Malika Savell, diretora de diversidade,
equidade e inclusão da Prada América do Norte, em um
comunicado.
A executiva acrescentou que a Prada reconhece “as barreiras
para entrar na indústria da moda e a importância da
representação”.
Em 2018, a Comissão de Direitos Humanos de Nova York abriu um
inquérito contra a grife italiana depois que a empresa foi duramente criticada
por vender estatuetas semelhantes às caricaturas racistas historicamente usadas
para desumanizar os negros.
As chamadas criaturas “Pradamalia” – destacadas na vitrine de
sua loja no Soho, em Nova York – provocaram indignação por seus lábios
vermelhos exagerados, que lembravam caricaturas “blackface”.
Para encerrar a investigação, a Prada concordou em “investir
em esforços de justiça restaurativa para combater o racismo e promover a
diversidade e inclusão nas atividades de negócios, publicidade e produtos da
marca”, segundo uma declaração de fevereiro de 2020.
(*) Com informações do IstoÉ.
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