Jair Bolsonaro critica CPI da Covid e afirma: 'Quando o último brasileiro tomar vacina, eu tomo.'
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Jair Bolsonaro (Sem Partido). (Foto: Divulgação) |
Na manhã desta quarta-feira, 28, o presidente da república, Jair
Bolsonaro (Sem Partido) fez críticas diretas à CPI da Covid instalada no Senado
Federal e em conversa com apoiadores, disse que pretende "dar
exemplo" recebendo a vacina contra a Covid-19 por último.
A declaração ocorre um dia depois de um áudio mostrar o
ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, falando a colegas que tenta
convencer o presidente a ser vacinado contra a doença. Ele está apto a receber
a primeira dose desde o dia 3 de abril, quando o Distrito Federal iniciou a
aplicação em idosos com mais de 66 anos.
"Que nem a questão da vacina, quando o último brasileiro
tomar vacina, eu tomo. Depois que o último tomar a vacina, eu tomo. Tem gente
apavorada, então toma na minha frente. Sou chefe de estado e tenho que dar
exemplo", disse presidente.
Ele não se referiu ao áudio de Luiz Eduardo Ramos, mas o
ministro aparecia no fundo da imagem gravada pelos apoiadores, acompanhando as
declarações do presidente.
Em seguida, o presidente defendeu sua falta de urgência para
ser imunizado dizendo que tem a postura desde os tempos em que era capitão do
Exército.
"Meu exemplo é esse, deixar, já que não tem para todo
mundo ainda, que tomem na minha frente. Sempre foi assim. Sou o último a comer
no quartel, dei exemplo", disse Bolsonaro.
No áudio vazado de uma reunião do Conselho de Saúde
Suplementar, e publicado por veículos como o jornal Folha de S. Paulo e a rádio
CBN, Luiz Eduardo Ramos diz que tomou vacina escondido e que ainda tenta
convencer Bolsonaro a se imunizar.
Ele afirma estar "envolvido pessoalmente tentando
convencer o presidente", uma vez que a vida dele "corre risco"
em caso de reinfecção. "Nós não podemos perder o presidente para um vírus
desse", disse.
Bolsonaro foi infectado pelo novo coronavírus em julho do ano
passado. Porém, a recomendação dos órgãos de saúde é que quem já contraiu a
doença seja vacinado normalmente, para evitar chances de reinfecção e reforçar
a imunidade.
CPI da Covid
Bolsonaro também fez críticas à CPI da Covid, retomando o
discurso que repassou dinheiro a estados e municípios. Depois de questionar o
que seria investigado pelos senadores, o presidente tocou em dos pontos
críticos de sua conduta na pandemia, dizendo que tomará novamente cloroquina
caso seja reinfectado.
"CPI vai investigar o quê? Eu dei dinheiro para os caras.
Mais de R$ 700 bilhões que dei, auxílio emergencial no e muitos roubaram o
dinheiro, desviaram, mas agora vem a CPI para querer investigar conduta minha.
Se foi favorável a cloroquina ou não... Se eu tiver o vírus eu vou tomar de
novo, eu me safei em menos de 24 horas, assim como milhões de pessoas",
disse.
Ao contrário do que diz o presidente, estudos apontam que a
cloroquina não tem eficácia contra o novo coronavírus.
(*) Com informações da UOL.
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