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Muçulmanos iniciam mês sagrado do Ramadã sob restrições da pandemia

Com marcas de distanciamento, mulçumanos retornam às mesquitas da Indonésia após um ano para rezar no Ramadã. (Foto: Rosawati Oktarina/Barcroft Media) 

Nesta terça-feira, 12, milhões de muçulmanos ao redor do mundo deram início ao Ramadã, tradicional mês do jejum islâmico. 

Pelo segundo ano seguido, todavia, o jejum sagrado, um dos cinco pilares do islamismo, é feito em meio à pandemia do novo coronavírus, o que impõe restrições em vários países ao redor do mundo.

Na Indonésia, que tem a maior população de muçulmanos do planeta, as mesquitas voltaram a receber fiéis depois de mais de um ano fechadas em razão da pandemia. O governo determinou, que elas recebam, no máximo, 50% de sua capacidade total. Além disso, os fiéis devem usar máscara e levar seus tapetes de oração.

A nação, no entanto, continua a lutar contra uma das maiores taxas de transmissão do novo coronavírus na Ásia. 

Autoridades disseram na semana passada que uma proibição de viagens internas entraria em vigor durante as celebrações do Eid al-Fitr – celebração que marca o fim do jejum do Ramadã – em um esforço para prevenir a transmissão em larga escala da doença.

Já a Arábia Saudita, onde estão alguns dos locais mais sagrados do islamismo, anunciou no começo de abril que apenas pessoas imunizadas contra a Covid-19 poderão participar da peregrinação à Meca bem como das orações na Grande Mesquita da cidade.

Até o momento, o país já reportou mais de 400 mil casos e 6,7 mil mortes causadas pelo novo coronavírus, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

No Marrocos, as autoridades decidiram manter o toque de recolher noturno durante o mês sagrado para combater as novas variantes do coronavírus. Durante o Ramadã, é comum que os muçulmanos se reúnam após o pôr do sol para quebrar o jejum.

A decisão de manter a medida das 20h às 6h prejudicará restaurantes, lojas e mercados que ganham a maior parte do dinheiro à noite, especialmente durante o Ramadã.

O reino do Norte da África confirmou mais de 500 mil de casos de Covid-19 e registrou quase 9 mil mortes por causa da pandemia.

Outro país com restrições é a Turquia, que atualmente ocupa o 4º lugar global em novos casos da doença.

O presidente, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta terça-feira (13) novas restrições para as primeiras duas semanas do Ramadã para conter o aumento das infecções pelo novo coronavírus.

"No período recente, o aumento do número de casos e mortes, principalmente nas cidades metropolitanas, está nos direcionando a apertar as medidas novamente (...)”, disse Erdogan, após uma reunião de gabinete.

Além da prorrogação do toque de recolher durante a semana, ele também anunciou limitações nas viagens intermunicipais e no transporte público e proibiu todos os eventos em espaços fechados até depois do Ramadã.

 

(*) Com informações da CNN.

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