Índia congela contas bancárias da Bytedance
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Empresa ByteDance, dona do aplicativo TikTok. (Foto: Divulgação) |
Em março, uma unidade de inteligência tributária indiana
ordenou que o HSBC e o Citibank em Mumbai, Índia, congelassem as contas
bancárias da ByteDance do país enquanto investigava algumas das transações
financeiras da unidade. A empresa contestou o congelamento das quatro contas em
um tribunal de Mumbai.
A empresa chinesa ByteDance disse a um tribunal indiano que o
congelamento do governo de suas contas bancárias em uma investigação de
possível evasão fiscal equivale a perseguição e foi feito ilegalmente, de
acordo com um documento obtido pela Reuters.
Nenhum dos funcionários da ByteDance da Índia recebeu seus
salários de março devido ao congelamento de contas, disseram duas pessoas
familiarizadas com o assunto. A empresa disse ao tribunal que tem 1.335
funcionários, incluindo terceirizados.
No processo de 209 páginas apresentado no tribunal em 25 de
março, a ByteDance disse ao Tribunal Superior em Mumbai que as autoridades
agiram contra a empresa sem qualquer evidência material e não deram nenhum
aviso prévio, conforme exigido pela lei indiana, antes de tal "ação
drástica".
Bloquear contas "durante o processo de investigação
equivale a aplicar coerção indevida", argumentou a ByteDance. A intenção é
"indevidamente perseguir o peticionário".
Em janeiro, a ByteDance reduziu sua força de trabalho indiana
depois que Nova Déli manteve a proibição de seu popular aplicativo de vídeo
TikTok, imposto no ano passado após um confronto de fronteira entre a Índia e a
China. Pequim criticou repetidamente a Índia por essa proibição e de outros
aplicativos chineses.
A Diretoria Geral de Bens e Serviço de Inteligência Tributária
da Índia e o Ministério das Finanças, que a supervisiona, não responderam
imediatamente aos pedidos de respostas no fim de semana.
A empresa ByteDance não quis comentar sobre o processo, mas
disse à Reuters na terça-feira que discorda da decisão da autoridade fiscal. O
HSBC não quis comentar e o Citibank não respondeu
(*) Com informações da CNN Brasil.
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