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Google anuncia investimento em mais 8 startups brasileiras lideradas por negros

(Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira, 13, o Google for Startups Brasil anunciou investimento direto em oito startups brasileiras por meio do Black Founders Fund, fundo da gigante de tecnologia. Como pré-requisito para participar do programa, as empresas precisam ser fundadas e lideradas por pessoas negras.

Desde o lançamento do Black Founders Fund, em setembro do ano passado, 17 startups já foram selecionadas. A expectativa do Google Startups Brasil é realizar 30 aportes até o fim de 2021.

O fundo foi lançado para investir em empresas em estágio seed (semente) sem qualquer contrapartida ou participação societária. Sua duração prevista é de 18 meses, com um valor inicial de R$ 5 milhões. 

Desta vez, a diversidade geográfica foi um critério considerado para selecionar as empresas. Das oito escolhidas quatro delas estão localizadas em estados do Nordeste, fora do eixo Rio-São Paulo.

Além do aporte financeiro, as startups terão contato com uma rede de mentores para ajudá-las em seus desafios, construção e desenvolvimento de negócio. Também estão incluídos no programa créditos em produtos do Google.

André Barrence, diretor do Google for Startups na América Latina, explica que o principal objetivo do Black Founders Fund é ampliar a diversidade no ecossistema de inovação e apoiar empreendedores que estão construindo negócios com alto potencial de crescimento.

“Quem, assim como eu, atua no mercado de startups há bastante tempo, reconhece que há enormes barreiras ao sucesso de empreendedores negros e negras, algumas visíveis e outras invisíveis”, afirma o diretor.

Entre as startups selecionadas nesta rodada, o Google destaca empresas com negócios voltados para a própria comunidade negra e aquelas que buscam facilitar processos burocráticos. Confira abaixo a lista dos oito novos investimentos.

1. Afrosaúde: healthtech de impacto social focada em desenvolver soluções tecnológicas em serviços de saúde para a comunidade negra, conectando médicos e pacientes negros;

2. Diáspora.Brack: marketplace de turismo, hospedagens, cursos e experiências que valorizam a história e a cultura afro e criam ambientes de lazer seguros;

3. Certdox: plataforma de simplificação e aceleração do processo de contratação de crédito, facilitando a concessão das operações pelos agentes de financiamento.

4. Gestar: femtech que conecta profissionais da saúde materno infantil a famílias, promovendo uma rede de apoio ativa para que mais mulheres conquistem gestação e maternidade com desfechos positivos.

5. Inventivos: plataforma de educação e networking em comunidades com micro-formações para criativos, ativistas e empreendedores.

6. Prol Educa: plataforma que oferece vagas em escolas e faculdades com preços reduzidos, grande parte de sua base de clientes é formada por alunos negros e de bairros periféricos.

7. Trakto: ferramenta online de edição e produção de artes para redes sociais, sites, e outras peças de marketing digital.

8. UnicaInstancia: plataforma de mediação online que usa dados para adiantar indenizações de empresas de serviços, como telefone e luz, democratizando o acesso ao Direito do Consumidor.

Para participar nas próximas rodadas de investimento do fundo, a startup precisa já ter seu negócio em operação, com base em tecnologia e possíveis clientes. É necessário também indicar como a empresa planeja utilizar o dinheiro e, claro, ser fundada e liderada por profissionais negros.

 

(*) Com informações da CNN.

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