Bug do Carrefour: Problema em site faz empresa vender produtos abaixo do preço

Já pensou em comprar uma televisão de 43 polegadas por R$ 400?
Ou uma máquina de lavar grande por R$ 398,90? Parece até mesmo uma brincadeira
de 1º de abrilm, entretanto não foi isso o que aconteceu: o site do
Carrefour apresentou problemas na manhã desta quinta-feira, 1, e diversos
de consumidores aproveitaram disso para fazer várias compras no site do
varejista.
Os descontos eram, de certa forma, inimagináveis mesmo se
fossem em uma Black Friday: como uma geladeira Brastemp Duplex de R$ 2.449 por
R$ 419,90. Ou um smartphone Samsung Galaxy S20 de R$ 4,443,33 por R$
419,90.
Procurado, o Carrefour confirmou que se tratou de um problema
interno e que se manifestará mais tarde. Foi criado um comitê interno para
lidar com o problema.
O Procon-SP notificou a empresa para entender o que aconteceu.
Entre os pedidos de esclarecimento estão os produtos que foram afetados, a
quantidade de consumidores que fizeram a compra e qual foi o motivo desses
preços tão baixos.
A empresa pode não entregar?
Para Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP, a
empresa é obrigada a cumprir com todas as vendas segundo o Código de Defesa do
Consumidor. Mas existe um porém: o bom senso. Segundo Farid, quando um
"erro grosseiro" é detectado, a empresa pode não cumprir com a
entrega do produto.
"Erros acontecem. O ponto principal para analisarmos a
situação é o bom senso. É a norma de direito: não está escrito em nenhum lugar,
mas está presente em todos", diz Farid.
Por isso, na visão do profissional do órgão de defesa do
consumidor, cada produto será analisado caso a caso. No caso de descontos de
maiores, como os citados aqui na reportagem, aparentemente, se tratam de erros
grosseiros.
Porém, no caso dos produtos com descontos dentro do
convencional, de cerca de 50%, que costumam ser comuns em datas promocionais, a
história pode ser diferente.
Mas um cliente pode ir à Justiça se quiser receber
o produto?
"A Justiça já teve a oportunidade de analisar esse tipo
de problema e pode estabelecer o cumprimento forçado. Porém, o juiz equaliza a
leitura do caso com a questão da razoabilidade e do bom senso", diz Farid.
"A Justiça vai ouvir as declarações da empresa para entender o
caso."
Nas redes sociais, os próprios consumidores admitiam que os
preços estavam muito fora do normal. Alguns já começam a publicar que as
compras foram canceladas.
(*) Com informações da CNN Brasil.
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